Martin De Luca critica ministro do STF após megaoperação contra o Comando Vermelho e em meio a ações legais nos EUA.
Advogado de Donald Trump, Martin De Luca, critica ministro Alexandre de Moraes por supostas “acrobacias legais” e sua atuação em caso envolvendo o Comando Vermelho.
O advogado Martin De Luca, representante do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teceu duras críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). De Luca acusou Moraes de realizar “acrobacias legais” para evitar uma suposta associação com o Comando Vermelho (CV), uma facção criminosa brasileira.
As declarações surgem após uma reunião entre Moraes e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, sobre uma recente megaoperação que resultou em 113 prisões e 121 mortes, incluindo a de quatro policiais.
A indignação de De Luca foi expressa em uma postagem na plataforma X, onde o advogado questionou a atuação do ministro, sugerindo que ele estaria manipulando narrativas. O contexto da crítica está ligado à assunção temporária de Moraes na relatoria da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADPF) 635, que aborda questões relativas às favelas. De Luca enfatizou que países como Paraguai e Argentina já classificaram o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital (PCC) como organizações terroristas.
Repercussões Internacionais e Ações Legais
A posição de De Luca ganha contornos internacionais ao comparar a postura do Brasil com a de outros países. Ele apontou que, enquanto nações vizinhas já designaram grupos criminosos brasileiros como terroristas, os Estados Unidos, apesar de classificarem outras facções latino-americanas como o Cartel de Sinaloa, ainda não fizeram o mesmo em relação a grupos brasileiros.
Em maio, o Departamento de Estado americano havia solicitado tal designação ao Brasil, mas o governo Lula recusou o pedido. De Luca insinuou que Moraes estaria tentando se distanciar de investigações sobre a polícia e o governador, ao mesmo tempo em que buscava uma imagem pública favorável.
Adicionalmente, a Trump Media e a plataforma Rumble moveram uma ação judicial contra Moraes na Justiça Federal da Flórida. O processo alega que as ações do ministro em relação à plataforma de vídeos seriam ilegais sob a legislação americana, afetando diretamente a Truth Social, rede social criada por Trump.
Este movimento legal adiciona uma camada de complexidade às críticas de De Luca, elevando a disputa para o âmbito internacional.
Até o momento, a assessoria do Supremo Tribunal Federal não se pronunciou sobre as declarações de Martin De Luca, mantendo silêncio diante das sérias acusações e dos desdobramentos legais em solo estrangeiro. A controvérsia ressalta a tensão entre figuras políticas e jurídicas brasileiras e representantes do cenário político internacional.

