Encontro entre o governador do Rio de Janeiro e o ministro do STF começou com tensões, mas terminou com a dissipação de divergências e almoço no Palácio da Guanabara.
Encontro entre governador Cláudio Castro e ministro Alexandre de Moraes, inicialmente tenso por cobranças sobre a ADPF das Favelas, terminou bem após esclarecimentos e almoço.
A reunião entre o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, começou com um clima de tensão, mas culminou em um desfecho positivo, conforme relataram fontes ligadas ao governador à CNN Brasil. O encontro, que ocorreu em meio a discussões sobre a segurança pública no estado, demonstrou a complexidade das relações institucionais e a busca por alinhamento nas ações governamentais.
No início da conversa, o ministro Moraes teria expressado cobranças diretas, fundamentadas na percepção de que as determinações do STF, especialmente as relacionadas à ADPF das Favelas, não estavam sendo integralmente respeitadas. Esta postura inicial sublinhou a seriedade com que o Supremo acompanha a execução das medidas judiciais que visam proteger a população em áreas vulneráveis do Rio de Janeiro.
Contudo, o cenário começou a mudar à medida que o governador Cláudio Castro, acompanhado dos secretários de Segurança Pública e da Polícia Civil, forneceu esclarecimentos detalhados. Documentos e planos de execução de operações foram apresentados, buscando demonstrar o empenho do governo estadual em cumprir as determinações judiciais e em aprimorar as estratégias de segurança.
Comitiva e Diálogo Institucional
Para o encontro, o ministro Alexandre de Moraes chegou acompanhado de seu assessor Wellington Macedo. A comitiva do governo do Rio era robusta, incluindo, além de Castro, o secretário de Segurança Pública, Victor Santos; o secretário da Polícia Militar, Marcelo de Menezes; o secretário da Polícia Civil, Felipe Curi; o secretário de Polícia Judicial, Marcelo Schettini; o diretor do Instituto Médico Legal, André Luís Medeiro; o procurador-geral do Estado, Renan Miguel Saad, e o representante do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Antonio Edilio.
A presença de tantos representantes de diferentes esferas reforça a abrangência dos temas discutidos.
A percepção dos participantes, conforme relatado à CNN, foi de que a tensão inicial foi progressivamente dissipada. O diálogo aberto e a apresentação de informações concretas foram cruciais para essa mudança de ambiente.
O ápice da conciliação foi a decisão de Moraes de se deslocar para um almoço com o governador Castro no Palácio da Guanabara, um gesto que simboliza a superação das divergências iniciais.
Após o almoço, o ministro seguiu sua agenda no Rio de Janeiro, com um encontro previsto com o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Ricardo de Castro. Posteriormente, Moraes ainda se encontraria com representantes do Ministério Público e da Defensoria Pública, indicando uma série de compromissos institucionais voltados para a análise e o acompanhamento das políticas públicas e judiciais no estado.

