PUBLICIDADE

Sepultamento atrasa após caixão de homem com obesidade não caber em gaveta no RS

O sepultamento de um homem de 33 anos em Novo Hamburgo, RS, atrasou por horas após seu caixão não caber na gaveta do cemitério, evidenciando a falta de estrutura adequada.

Imprevisto em Novo Hamburgo destaca necessidade de adequação em cemitérios para atender a novas demandas.

O sepultamento de um homem de 33 anos em Novo Hamburgo, RS, atrasou por horas após seu caixão não caber na gaveta do cemitério, evidenciando a falta de estrutura adequada.

Um atraso inesperado e doloroso marcou o sepultamento de Nicolau Adams Pivotto, de 33 anos, na última sexta-feira (27/10), no Cemitério Municipal de Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre. A cerimônia, que deveria ser um momento de despedida, estendeu-se por mais de duas horas devido a um problema inusitado: o caixão do falecido não coube na gaveta previamente destinada para o sepultamento.

Nicolau, que lutava contra complicações da Covid-19 e havia passado 12 dias internado em Caxias do Sul, pesava 180 kg. De acordo com relatos da família, a contratação da funerária havia sido feita com a garantia de que uma gaveta especial, projetada para caixões de maiores dimensões, estaria disponível.

Contudo, ao chegar ao cemitério, a triste realidade se impôs: o espaço designado era insuficiente para acomodar o corpo de Nicolau, gerando um impasse angustiante.

A situação provocou grande consternação entre os presentes e familiares, que viram as tentativas de encaixar o caixão na gaveta falharem repetidamente. A falta de um plano de contingência ou de apoio imediato por parte da administração do cemitério agravou o sofrimento da família, que já enfrentava a dor da perda.

O momento de luto transformou-se em uma espera prolongada e frustrante, em busca de uma solução digna para o sepultamento.

Somente após um período de incerteza e angústia, o impasse foi resolvido com a disponibilização de uma vaga no solo, permitindo que o enterro fosse finalmente concluído. Este desfecho, embora tenha permitido a finalização da cerimônia, ressaltou a unpreparedness da infraestrutura existente para lidar com situações que, embora incomuns, não são inéditas.

Debate sobre Adequação em Cemitérios

O incidente em Novo Hamburgo lança luz sobre uma questão crescente e pouco discutida: a necessidade de adequação dos espaços funerários às realidades contemporâneas. Com o aumento da prevalência de obesidade em diversas populações, a demanda por caixões e, consequentemente, por gavetas ou covas de maiores dimensões tende a crescer.

Muitos cemitérios, projetados em épocas distintas, podem não estar equipados para atender a essa nova demanda, gerando problemas logísticos e emocionais para as famílias.

Em resposta ao ocorrido, a Prefeitura de Novo Hamburgo manifestou sua intenção de discutir e implementar medidas para a criação de espaços adequados para sepultamentos de pessoas que necessitam de caixões maiores. A iniciativa é um passo importante para evitar que outras famílias passem por constrangimentos semelhantes em momentos tão delicados.

A discussão envolve não apenas a infraestrutura física, mas também o planejamento e a capacitação das equipes para lidar com tais eventualidades de forma respeitosa e eficiente.

Leia mais

Rolar para cima