Novas evidências e escavações arqueológicas no Monte Ararat reacendem debate sobre lendária embarcação bíblica.
Pesquisadores iniciam novas escavações em formação na Turquia, perto do Monte Ararat. Indícios de intervenção humana e sedimentos marinhos reacendem a hipótese da Arca de Noé.
Uma formação geológica enigmática na Turquia, tradicionalmente associada à lenda da Arca de Noé, está no centro de uma nova e ambiciosa escavação arqueológica. Situada a aproximadamente 30 quilômetros do Monte Ararat, a estrutura tem sido objeto de fascínio e debate por décadas, e agora pode revelar segredos inéditos sob a liderança do pesquisador e aventureiro norte-americano Andrew Jones.
Ele encabeça uma equipe internacional em colaboração com universidades turcas, buscando desvendar a verdadeira natureza do local.
A peculiaridade da formação foi notada pela primeira vez por um piloto da Força Aérea da Turquia na década de 1950. Ganhou notoriedade nos anos 1970, quando um criacionista americano a identificou como os possíveis restos da Arca de Noé.
Desde então, a área tem atraído geólogos, arqueólogos e curiosos de diversas partes do mundo, gerando um contínuo debate sobre sua origem natural ou artificial.
Embora muitos especialistas a considerem uma formação geológica natural, Jones argumenta que análises recentes indicam uma possível intervenção humana. Varreduras por radar revelaram estruturas retangulares no subsolo, além de indícios de sedimentos marinhos e restos de organismos aquáticos. Tais evidências, segundo o pesquisador, podem fortalecer a hipótese de que o local abrigou uma antiga embarcação de grandes proporções.
Próximos Passos na Investigação
As próximas etapas do projeto incluem a coleta de solo e estudos aprofundados com radar de penetração terrestre, visando identificar materiais de origem orgânica, como traços de madeira. A presença de limonita, um tipo de minério de ferro, pode dificultar a detecção de estruturas preservadas, mas os pesquisadores mantêm a esperança de encontrar sinais claros de construção.
Jones enfatizou ao jornal The Sun que, antes das escavações, será implementado um plano de conservação para proteger a área, que enfrenta invernos rigorosos e alta atividade geológica.
Análises preliminares de 22 amostras de solo coletadas em Durupınar – nome do local – já revelaram sedimentos marinhos, argilas e conchas fossilizadas. Essas amostras foram datadas entre 3.500 e 5.000 anos, um período que notavelmente coincide com o suposto tempo do dilúvio narrado tanto na Bíblia quanto no Alcorão.
De acordo com Jones, o pH do solo e a presença de matéria orgânica sugerem que o local pode ter abrigado uma estrutura construída artificialmente. “Os resultados apontam para algo que vai além de uma formação natural”, afirmou o arqueólogo, indicando a seriedade da investigação e o potencial impacto de suas descobertas.

