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Pfizer vai à justiça contra criadora do Ozempic em disputa por startup

Pfizer processa Novo Nordisk em disputa bilionária pela Metsera, startup de obesidade. Ação busca barrar oferta da rival, alegando irregularidades na proposta.

Conflito bilionário envolve a aquisição da Metsera, especializada em tratamentos para obesidade, e levanta questões sobre propostas e regulamentação.

Pfizer processa Novo Nordisk em disputa bilionária pela Metsera, startup de obesidade. Ação busca barrar oferta da rival, alegando irregularidades na proposta.

A gigante farmacêutica Pfizer entrou com um processo judicial contra a dinamarquesa Novo Nordisk, conhecida por seus medicamentos Ozempic e Wegovy, em uma acirrada disputa pela aquisição da startup de biotecnologia norte-americana Metsera. Especializada no desenvolvimento de tratamentos inovadores para obesidade, a Metsera tornou-se o centro de uma batalha legal e financeira de alto risco entre duas das maiores empresas do setor global, cada uma buscando fortalecer sua posição em um mercado de rápido crescimento e com projeções bilionárias.

O cerne da ação judicial movida pela Pfizer, segundo informações da agência Bloomberg, é o bloqueio da proposta de compra da Metsera apresentada pela Novo Nordisk. Em um comunicado oficial divulgado recentemente, a Pfizer argumentou que a oferta da empresa dinamarquesa não pode ser classificada como uma “superior company proposal”, um termo legal que define propostas que superam significativamente as demais, não apenas em valor, mas também em termos de conformidade e benefício estratégico.

A empresa americana afirmou ainda que a proposta da criadora do Ozempic não preenche os requisitos mínimos para ser aprovada pelos órgãos regulatórios competentes. Essa alegação sugere que a Pfizer busca não apenas questionar a superioridade financeira da oferta da rival, mas também levantar preocupações sobre a adequação legal e regulatória da transação, um ponto crucial em aquisições de grande porte no setor farmacêutico.

A Disputa Financeira Bilionária

A oferta da Novo Nordisk pela Metsera atingiu um valor de até US$ 8,5 bilhões, com um pagamento inicial de US$ 6 bilhões à vista e o restante condicionado ao cumprimento de metas futuras. Em contraste, a proposta da Pfizer foi de US$ 7,3 bilhões, também incluindo pagamentos atrelados ao desempenho e à concretização de marcos específicos.

Analistas de mercado estimam que, caso todas as metas contratuais sejam alcançadas, a oferta máxima da Novo Nordisk superaria a da Pfizer em aproximadamente 11%, indicando uma vantagem financeira considerável, mas que agora é contestada legalmente.

Este embate reflete a crescente e feroz competitividade no lucrativo mercado de medicamentos para obesidade, onde ambas as farmacêuticas buscam desesperadamente expandir seu portfólio e domínio. A aquisição de empresas inovadoras como a Metsera é vista como um passo estratégico crucial para a estratégia de longo prazo dessas gigantes, visando consolidar posições em segmentos de alto potencial de crescimento e garantir uma fatia maior de um mercado que se projeta em dezenas de bilhões de dólares.

A decisão judicial terá implicações significativas não apenas para o futuro da Metsera e das empresas envolvidas, mas também para o panorama mais amplo da indústria farmacêutica global, estabelecendo precedentes para futuras aquisições e disputas.

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