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WePink, marca de Virginia Fonseca, enfrenta aumento de cancelamentos após proibição de lives

A WePink, marca de Virginia Fonseca, registra alta de cancelamentos após liminar judicial proibir lives por falta de estoque, impactando vendas e reputação.

Defesa da influenciadora alega 'histeria generalizada' e prejuízos, mas Justiça mantém liminar que impede vendas ao vivo por falta de estoque.

A WePink, marca de Virginia Fonseca, registra alta de cancelamentos após liminar judicial proibir lives por falta de estoque, impactando vendas e reputação.

A WePink, marca de cosméticos e produtos de beleza da influenciadora Virginia Fonseca, enfrenta uma crise significativa com um “salto abrupto de cancelamentos” de pedidos. A situação se agravou após uma liminar judicial proibir a empresária de realizar transmissões ao vivo para vendas, sob a alegação de falta de estoque suficiente para atender à demanda.

A defesa de Fonseca recorreu da decisão na Justiça de Goiás, argumentando que a publicidade da liminar causou uma “histeria generalizada” entre os consumidores.

O pedido de recurso, apresentado à 7ª Câmara Cível de Goiânia, destacou o impacto financeiro e reputacional da medida. Segundo os advogados, a divulgação da proibição resultou em um aumento vertiginoso nos cancelamentos. Para ilustrar a gravidade, a defesa comparou os dados: em agosto de 2025, a marca registrou 8.862 pedidos em todo o mês. Contudo, entre 10 e 21 de outubro do mesmo ano, em apenas 11 dias, foram computados 6.102 cancelamentos, um volume que representa 68,86% do total de agosto em pouco mais de uma semana.

Impacto Financeiro e Volume de Reclamações

Mantido o ritmo de cancelamentos observado, a projeção da defesa apontava para cerca de 17.197 cancelamentos até o final de outubro, quase o dobro do total registrado em agosto. Este cenário alarmante foi apresentado como base para reverter a liminar, visando proteger a operação da WePink e mitigar os prejuízos.

No entanto, o juiz F. A.

de Aragão Fernandes negou o pedido da defesa em decisão publicada na quinta-feira, 30 de outubro. O magistrado considerou que o volume de reclamações contra a marca não pode ser ignorado, conferindo peso às alegações de práticas abusivas.

A análise do juiz apontou que, nos seis meses anteriores, foram registradas 32.446 reclamações da WePink em todo o território nacional. Essa cifra representa uma média mensal de 5.407 queixas e uma média diária de 180 reclamações.

“Ao contrário do que alegam, ao menos em uma análise rápida do agravo, referido número de consumidores lesados, em apenas seis meses, não pode ser considerado desprezível”, afirmou o magistrado. Ele concluiu que tais números “conferem densidade às alegações de práticas abusivas, em convincente desrespeito às normas protetivas do Código de Defesa do Consumidor.”

A decisão judicial sublinha a importância da transparência e do cumprimento das obrigações com os consumidores, especialmente para marcas com grande visibilidade e volume de vendas. A WePink, e consequentemente Virginia Fonseca, permanecem sob a proibição de realizar lives de vendas até que consigam comprovar a existência de estoque suficiente, conforme exigido pela Justiça.

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