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Comando Vermelho Planejava Drones Térmicos para Monitorar Polícia, Revela Investigação no Rio

Investigação da DRE no Rio revela que o Comando Vermelho planejava adquirir drones com câmeras térmicas para monitorar ações policiais à noite.

Interceptações da Polícia Civil expõem negociações da facção para adquirir tecnologia avançada e evadir operações de segurança.

Investigação da DRE no Rio revela que o Comando Vermelho planejava adquirir drones com câmeras térmicas para monitorar ações policiais à noite.

Uma investigação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) do Rio de Janeiro revelou planos audaciosos do Comando Vermelho (CV) para modernizar suas táticas de vigilância contra as forças de segurança. A facção criminosa pretendia adquirir drones equipados com câmeras térmicas, com o objetivo claro de monitorar ações policiais durante a noite e, assim, evadir-se de operações.

As informações foram obtidas através de mensagens interceptadas pela Polícia Civil, que expuseram a negociação e a intenção do grupo.

Os equipamentos visados possuem uma tecnologia avançada, capaz de detectar a presença de indivíduos mesmo em ambientes de total escuridão ou densamente encobertos por vegetação. Em um dos diálogos cruciais anexados à denúncia do Ministério Público do Rio (MPRJ), um traficante expressa a necessidade de tal tecnologia: “O meu não é noturno, é câmera normal.

Nós temos que ver o térmico.” Outro comparsa complementa, enfatizando a mentalidade de adaptação: “A gente tem que se adequar à tecnologia, entendeu?”. Isso sublinha a busca constante por vantagem operacional.

As investigações apontam o Complexo da Penha como um dos principais redutos e centros operacionais do Comando Vermelho, que atualmente exerce domínio sobre mais de mil comunidades em todo o estado do Rio de Janeiro. A facção é conhecida por sua estrutura hierárquica rígida, que inclui sistemas de plantão, punições severas e até execuções.

Além disso, os agentes já haviam documentado uma extensa rede de câmeras terrestres utilizada para vigiar tanto policiais quanto grupos rivais, sistema que os drones térmicos viriam a aprimorar significativamente.

A denúncia do MPRJ, que incorporou essas descobertas, serviu de base para uma megaoperação deflagrada recentemente, visando desarticular o núcleo de comando e a logística da organização criminosa. A apreensão de celulares, armas e um vasto material de comunicação durante a ação confirmou a avaliação das autoridades: o tráfico carioca opera com um nível crescente de sofisticação.

Essa modernização abrange não apenas o controle territorial e o armamento pesado, mas agora também a incorporação de tecnologias de ponta para enfrentar as forças de segurança.

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