Ação conjunta com CGU e Receita Federal cumpre mandados em DF, SP e TO para desarticular organização criminosa envolvida em fraudes e desvio de recursos públicos.
Polícia Federal deflagra 8ª fase da Operação Overclean, combatendo organização criminosa por fraudes, desvio de recursos e lavagem de dinheiro em DF, SP e TO.
A Polícia Federal (PF), com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Receita Federal do Brasil (RFB), deflagrou nesta sexta-feira (31/10/2025) a oitava fase da Operação Overclean. O objetivo central da ação é desarticular uma sofisticada organização criminosa suspeita de envolvimento em um esquema complexo de fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro, impactando diversas esferas governamentais.
Durante esta etapa da operação, foram cumpridos um total de 5 mandados de busca e apreensão. As equipes atuaram simultaneamente em diferentes localidades, abrangendo Brasília (DF), São Paulo (SP), Palmas (TO) e Gurupi (TO).
Além das buscas, as autoridades realizaram o sequestro de valores e bens obtidos de forma ilícita, visando reaver os recursos desviados. Todas as ordens judiciais foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ressaltando a relevância e o alcance da investigação.
Os indivíduos sob investigação nesta fase da Overclean poderão ser responsabilizados por uma série de crimes graves. Entre as acusações que pesam contra eles estão organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos administrativos, e o crime de lavagem de dinheiro. A severidade das imputações reflete a dimensão dos prejuízos causados aos cofres públicos e a complexidade do esquema criminoso.
O Histórico da Operação Overclean
A Operação Overclean teve seu início em dezembro de 2024, quando as primeiras investigações foram deflagradas para apurar um esquema milionário de corrupção. Este esquema envolvia o desvio de recursos públicos destinados a diversos municípios brasileiros, frequentemente por meio de emendas parlamentares.
A PF tem trabalhado incansavelmente para mapear e desmantelar a rede de ilegalidades que se estabeleceu ao longo do tempo.
Desde as fases iniciais, a Polícia Federal e os órgãos de controle identificaram um padrão de irregularidades que incluía a celebração de contratos superfaturados e o direcionamento de licitações para empresas específicas. Para conferir uma falsa legalidade às transações, o grupo utilizava empresas de fachada, simulando concorrência e dificultando a rastreabilidade dos desvios.
Essa engenharia criminosa visava maximizar os lucros ilícitos em detrimento do erário.
Em etapas anteriores da operação, os policiais conseguiram apreender planilhas detalhadas que continham mais de 100 nomes e codinomes, todos relacionados ao intrincado esquema. Entre os investigados de fases passadas, figuram empresários e políticos com influência na Bahia, incluindo o empresário José Marcos de Moura, amplamente conhecido como o “Rei do Lixo”, apontado pelas investigações como um dos principais articuladores políticos do grupo criminoso.

