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Entenda o nome e o instrumento por trás da crise da Ambipar

A Ambipar enfrenta uma situação financeira delicada após operação liderada pelo então CFO, João Daniel Piran de Arruda, que deixou a empresa em setembro.

Ex-CFO é apontado como responsável por operação que fragilizou a empresa.

A Ambipar enfrenta uma situação financeira delicada após operação liderada pelo então CFO, João Daniel Piran de Arruda, que deixou a empresa em setembro.

Uma operação financeira liderada pelo então CFO João Daniel Piran de Arruda é apontada como a causa da crise na Ambipar. Arruda, que deixou a empresa em 19 de setembro, é responsabilizado pela transferência do hedge da companhia do Bank of America (BofA) para o Deutsche Bank, além de um aditivo realizado com o banco alemão em agosto. Essa mudança resultou em multa de R$ 20 milhões ao BofA e impôs um pagamento adicional de R$ 62 milhões.

O aditivo introduziu o PIK bond (Payment-in-Kind), instrumento que, segundo investigação jornalística, elevou o risco da companhia. Na semana anterior à sua saída, o Deutsche cobrou R$ 170 milhões em depósitos de margem. Escritórios de advocacia em Londres e Nova York questionaram a execução das garantias.

Os títulos lastreados nos green bonds, emitidos em 2024, foram liquidados compulsoriamente, levando ao colapso. As ações da Ambipar, que antes valiam R$ 26, caíram para menos de R$ 0,40. A S&P rebaixou a nota da Ambipar de “AA” para “D”, e os CDS (Credit Default Swaps) dispararam. Atualmente, a Ambipar busca proteger seu caixa nos tribunais e acusa Arruda de fraude. Entre 2020 e 2023, a Ambipar expandiu suas operações, comprando ativos nos EUA, Canadá, Reino Unido e América Latina.

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