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Irmãos Batista ampliam atuação no setor nuclear com aquisição da Eletronuclear

A Âmbar Energia, dos irmãos Batista, adquire participação majoritária na Eletronuclear por R$ 535 milhões, expandindo sua atuação no setor nuclear.

Âmbar Energia, do grupo J&F, arremata participação da Eletrobras na empresa responsável pelo complexo de Angra dos Reis por R$ 535 milhões.

A Âmbar Energia, dos irmãos Batista, adquire participação majoritária na Eletronuclear por R$ 535 milhões, expandindo sua atuação no setor nuclear.

Em 14 de outubro de 2025, a Âmbar Energia, braço do grupo J&F dos irmãos Wesley e Joesley Batista, firmou contrato para adquirir a participação da Eletrobras na Eletronuclear, empresa responsável pelo Complexo Nuclear de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. A transação, avaliada em R$ 535 milhões, assegura à Âmbar o controle de 68% do capital total e 35,3% do capital votante da Eletronuclear.

Apesar da venda da participação majoritária, a União manterá o controle da Eletronuclear, com 64,7% do capital votante e aproximadamente 32% do capital total, através da Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar). A Eletrobras comunicou que a operação, resultado de um processo competitivo iniciado em 2023 e assessorado pelo banco BTG Pactual, implica também a transferência das garantias prestadas pela Eletrobras em favor da Eletronuclear para a compradora.

Ainda segundo o comunicado, a Âmbar assumirá a responsabilidade pela integralização das debêntures acordadas no Termo de Conciliação firmado com a União, no montante de R$ 2,4 bilhões. A Eletrobras informou que o processo de venda resultou em uma provisão de aproximadamente R$ 7 bilhões, contabilizada no 3º trimestre de 2025, considerando o valor de investimento registrado na coligada de R$ 7,8 bilhões no 2º trimestre de 2025.

A alienação da participação na Eletronuclear faz parte do plano estratégico da Eletrobras, que busca otimizar seu portfólio e alocar capital de forma mais eficiente. Uma investigação jornalística apontou que, em junho de 2024, o governo federal editou uma medida provisória para socorrer a Amazonas Energia, beneficiando indiretamente a Âmbar Energia, que havia adquirido termelétricas da distribuidora. A medida previa que os consumidores arcassem com os custos do socorro financeiro por até 15 anos, com um impacto estimado entre R$ 2 bilhões e R$ 2,7 bilhões por ano.

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