Parlamentares articulam medidas para esvaziar ações do Executivo e atingir aliados do presidente, após onda de exonerações em cargos de segundo e terceiro escalões.
Após onda de exonerações, centrão articula reação, visando ações do Executivo e aliados do presidente Lula. Medidas incluem enfraquecer PEC da segurança pública.
Após uma série de exonerações em cargos de segundo e terceiro escalões, o centrão prepara uma reação contra o governo Lula. Parlamentares articulam medidas para enfraquecer ações do Executivo e possíveis investidas contra aliados do presidente.
A insatisfação ocorre após a exoneração de indicados de partidos como PP, União Brasil, PSD, MDB e Republicanos. A decisão do Planalto de exonerar aliados de deputados que votaram contra a MP 1303, que impactaria os cofres públicos em R$ 35 bilhões entre 2025 e 2026, elevou a tensão.
Entre as ações em discussão, encontra-se a possível derrubada de um decreto que amplia os poderes da primeira-dama, Janja da Silva. Além disso, lideranças articulam o enfraquecimento da PEC da reforma do sistema de segurança pública e a retomada da discussão sobre anistia a Bolsonaro. A ofensiva ocorre em meio à insatisfação generalizada com a “faxina” promovida pelo governo.
Nos bastidores, líderes do centrão pressionam o presidente da Câmara, Hugo Motta, a pautar projetos que revertam decisões do Planalto. A PEC da segurança deve sofrer alterações, especialmente em pontos que tratam da centralização de políticas públicas. O deputado Paulinho da Força prepara um projeto sobre dosimetria de penas, enquanto outros defendem um perdão irrestrito ao ex-presidente. A tensão resultou no esvaziamento das atividades legislativas.