Aposentadorias de ministros do STF podem garantir indicações alinhadas à esquerda, visando bloquear pautas conservadoras.
Estratégia do governo Lula busca garantir indicações de ministros alinhados à esquerda no STF, com o objetivo de bloquear pautas da direita por duas décadas.
Nomeações estratégicas para o STF podem assegurar que a esquerda mantenha uma forte influência no tribunal pelas próximas duas décadas. A estratégia vem à tona com a aposentadoria de Luis Roberto Barroso e cogitações de Cármen Lúcia e Gilmar Mendes seguirem o mesmo caminho, abrindo espaço para indicações alinhadas ao governo.
O objetivo, segundo fontes em Brasília, é garantir que as nomeações para o STF favoreçam um alinhamento ideológico específico, impactando decisões futuras em temas relevantes para o cenário político. O ministro Cristiano Zanin e Flávio Dino, por exemplo, permanecerão na Corte até 2050 e 2044, respectivamente.
A medida também busca aliviar a pressão americana sobre o tribunal. A possível substituição de Edson Fachin (2033) e Luiz Fux (2029) também está sendo considerada, embora a substituição de Fux não seja suficiente para a obtenção da maioria.
Na prática, essa estratégia visa manter o STF como uma barreira contra reformas do Estado, inclusive do Judiciário, além de assegurar proteção jurídica a ex-integrantes do governo e limitar os poderes do Congresso Nacional.

