Remessa inicial do Trastuzumabe Entansina, com mais de 11 mil unidades, já está no almoxarifado em Guarulhos (SP).
O SUS recebeu o primeiro lote do Trastuzumabe Entansina, medicamento para câncer de mama HER2-positivo, em Guarulhos (SP). A medida deve beneficiar mais de mil pacientes já em 2025.
A partir desta segunda-feira (13), o Ministério da Saúde dispõe de um novo recurso para o tratamento de câncer de mama HER2-positivo, uma das formas mais agressivas da doença. Trata-se do Trastuzumabe Entansina, medicamento de última geração, cuja remessa inicial já está no almoxarifado do Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP).
José Barreto, diretor do Departamento de Atenção ao Câncer do Ministério da Saúde, enfatizou que a chegada do medicamento representa um avanço histórico, com potencial para reduzir em até 50% a mortalidade de pacientes com este tipo de câncer. A previsão é de que 1.144 pacientes sejam beneficiados já em 2025, com a cobertura de 100% da demanda atual do SUS.
O investimento total na aquisição do Trastuzumabe Entansina alcança R$ 159,3 milhões, englobando a compra de 34,4 mil frascos-ampola. O Ministério da Saúde informa que conseguiu negociar os valores, obtendo uma redução de 50% em relação aos preços de mercado. Com isso, o valor do frasco de 100 mg passou de R$ 7,2 mil para R$ 3,5 mil, enquanto o de 160 mg foi de R$ 11,6 mil para R$ 5,6 mil. A remessa inicial é composta por 11.978 unidades, sendo 6.206 frascos de 100 mg e 5.772 de 160 mg. A distribuição será feita às secretarias estaduais de saúde, seguindo os protocolos clínicos do SUS.
Além da incorporação do Trastuzumabe Entansina, o Ministério da Saúde está ampliando a oferta de inibidores de ciclinas, como abemaciclibe, palbociclibe e ribociclibe, para o tratamento de câncer de mama avançado ou metastático com receptor hormonal positivo e HER2-negativo. Uma portaria para a compra descentralizada desses medicamentos deve ser publicada ainda neste mês, permitindo que estados e municípios adquiram os remédios diretamente, com financiamento federal. A pasta também ampliou a faixa etária para a realização de mamografias no SUS, agora disponível para mulheres a partir dos 40 anos, mesmo sem histórico familiar ou sintomas da doença. Em 2024, 30% das mamografias realizadas foram em mulheres com menos de 50 anos, ultrapassando 1 milhão de exames no país.

